segunda-feira, 9 de junho de 2014

Tomara que o tempo não engula a gente...

Em verdade o meu pensamento é egoísta: tomara que o tempo não me engula!
Tomara que eu perceba quem sou, e me perca totalmente, antes que alguém tenha de vir virar a ampulheta
Já faz muito tempo e eu estou exausta.
Meus olhos choram palavras em braile, mas quem aqui sabe ler braile? Nem eu sei. 
Choro por mim, por falta de mim, e por excesso de mim. Olho em minhas próprias pupilas, e só olho. Me enxergo pouco. A única coisa que se dilata no escuro entre a íris do eu ser, é a insegurança. Minha maldita companheira ciumenta…

Wara Rêgo, Gabriela. 

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