De vez em quando tenho medo que para as pessoas, eu não passe dessa casca cinza que faço questão de demonstrar ser: por fora. Aqui dentro é vasto, perigoso, escorregadio e venta demais. Só eu conheço, mas ainda assim não é tudo. Essa casa grande ainda tá em construção, e me assusta.
A diferença entre o que deixo escorrer, e o líquido dentro da jarra, é totalmente discrepante.
Num dia qualquer, sem números iguais, sem rimas, sem nada, vou me assumir corajosa.
Todas as partes de mim estarão ao vento.
Minha voz: canto de pássaro.
Meus pés: asas.
O coração acenando da lua para os olhos curiosos.
Ainda assim estarei perdida, ainda assim os meus nomes dissipados farão parte de mim,
e do que os meus olhos não alcançam.
É assim que sou eu.
E mais um monte.
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