Em busca de carícias acabei parando em sua cama.
Deitei e te abracei
feito criança quando sente medo. Te beijei
a curva – a primeira e ultima – sentindo a delícia do seu cheiro. Você
me apertou.
Sentei na cama, te olhando por uns segundos, sem palavra
alguma a ser dita, possuída pela insegurança, pelo desejo...
Você me olhou e sorriu, como quem quisesse me despir desse
receio – e o corpo - .
Sorri de volta, abaixando a cabeça, tímida, não esperando
qualquer reação tua.
Me peguei observando cada gesto, desde quando sentou, até me
fazer fechar os olhos. Me alisou com a ponta dos dedos – foi impossível não
notar o meu nervosismo, eu sei – até me segurar o rosto e aproximar os lábios (ah,
seus lábios) dos meus.
Eu era sua, e estaria condicionada a isso pra sempre.
Meu tato, paladar, audição... estavam todos aguçados, e eu
me derreti em teus braços em pouco tempo. Te apertei em meu peito, te puxei pela
nunca, te beijei o pescoço. (Assim, em sequencia)
Lembro de ter me mordido o lábio inferior, até parar com um
sussurro no ouvido:
- Deita!
Deitei.
Te despi de tudo. Me
despiu de tudo. Debaixo pude ver teus seios brancos, e a curva que seu corpo
fazia.
Você me despiu debaixo pra cima, e foi me beijando as
pernas. Me lambeu os seios, e não contive o gemido. Era a primeira vez que o
amor me fazia gemer, e enfim me despia.
Eu a despi e decifrei.
A última lembrança é de ter acordado com nossas mãos
entrelaçadas, a tua respiração quente em minha nuca. E meu coração inchado de
amar.
Gabriela Wara Rêgo.
- Para meu único amor platônico vivo -
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