domingo, 29 de dezembro de 2013

Imaginações sob a lua crescente

Em busca de carícias acabei parando em sua cama.
Deitei  e te abracei feito criança quando sente medo. Te beijei  a curva – a primeira e ultima – sentindo a delícia do seu cheiro. Você me apertou.
Sentei na cama, te olhando por uns segundos, sem palavra alguma a ser dita, possuída pela insegurança, pelo desejo...
Você me olhou e sorriu, como quem quisesse me despir desse receio – e o corpo - .
Sorri de volta, abaixando a cabeça, tímida, não esperando qualquer reação tua.
Me peguei observando cada gesto, desde quando sentou, até me fazer fechar os olhos. Me alisou com a ponta dos dedos – foi impossível não notar o meu nervosismo, eu sei – até me segurar o rosto e aproximar os lábios (ah, seus lábios) dos meus.
Eu era sua, e estaria condicionada a isso pra sempre.
Meu tato, paladar, audição... estavam todos aguçados, e eu me derreti em teus braços em pouco tempo. Te apertei em meu peito, te puxei pela nunca, te beijei o pescoço. (Assim, em sequencia)
Lembro de ter me mordido o lábio inferior, até parar com um sussurro no ouvido:
- Deita!
Deitei.
Te despi de tudo.  Me despiu de tudo. Debaixo pude ver teus seios brancos, e a curva que seu corpo fazia.
Você me despiu debaixo pra cima, e foi me beijando as pernas. Me lambeu os seios, e não contive o gemido. Era a primeira vez que o amor me fazia gemer, e enfim me despia.
Eu a despi e decifrei.
A última lembrança é de ter acordado com nossas mãos entrelaçadas, a tua respiração quente em minha nuca. E meu coração inchado de amar.

Gabriela Wara Rêgo.



- Para meu único amor platônico vivo - 

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